Precipitações no precipício...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Malandro medroso - samba (1930)

MALANDRO MEDROSO
(Noel Rosa)

Eu devo, não quero negar, mas te pagarei quando puder,
Se o jogo permitir, se a policia consentir e se Deus quiser...
Não pensa que eu fui ingrato, nem que fiz triste papel,
Hoje vi que o medo é o fato e eu não quero um pugilato
Com seu velho coronel.

A consciência agora que me doeu
E eu evito (detesto a) concorrência, quem gosta de mim sou eu!
Neste momento, eu saudoso me retiro,
Pois teu velho é ciumento e pode me dar um tiro

Se um dia ficares no mundo, sem ter nesta vida mais ninguem,
Hei de te dar meu carinho,
Onde um tem seu cantinho, dois vivem tambem...
Tu podes guardar o que eu te digo contando com a gratidão
E com o braço habilidoso de um malandro que é medroso,
Mas que tem bom coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário